No princípio deste século, nenhum homem civilizado habitava a imensa área
coberta de matas virgens, situada a Oeste do Estado de São Paulo, delimitada pelos rios Feio e Peixe.
As terras de excepcional qualidade atraíram pioneiros vindos de várias regiões de Estado, ávidos por riquezas e colheitas. Os pioneiros foram Antônio
Pereira da Silva e seu filho José Pereira da Silva que, em 1923, adquiriram 53 alqueires de terra, que vieram a construir o Patrimônio “Alto
Cafezal”, primeiro nome dado a Marília. Em 1926, Bento de Abreu Sampaio Vidal adquiriu uma extensa faixa de terra, no espigão Peixe-Feio e tratou
imediatamente de proceder ao loteamento do seu Patrimônio.
Nessa época, a então Companhia Paulista de Estradas de Ferro vinha avançando seus trilhos de Piratininga para o espigão, chegando a Lácio. De acordo com o
esquema dessa Companhia, as estações que iam sendo inauguradas nesse ramal eram denominadas por ordem alfabética. A próxima cidade deveria ter seu
nome começando com a letra “M”. O Dr. Adolfo Pinto propôs “Marathoa”, Macau, ou “Moguncia”.
Bento de Abreu não ficou satisfeito com nenhum deles e numa viagem de navio à Europa, leu o livro “Marília de Dirceu”, poema de Thomás Antônio
Gonzaga e dele extraiu o nome para a estação: Marília.
Por: Ivan Evangelista Jr. |